Corredeira, solo concebido e dançado por Kanzelumuka, nasce da percepção das águas que correm para o mar e da relação do poder ancestral ligado às águas no corpo feminino. A corporeidade levada à cena tem sua origem nas tradições e saberes bantos, em especial nas danças presentes nas manifestações religiosas afro-brasileiras:congados, moçambiques e danças de minkisi em especial às divindades femininas (muhatu) relacio nadas às águas. É também um exercício de reflexão em torno do corpo que pretende contar a pluralidade do indivíduo, dissipado e transformado na diáspora negro-brasileira, da experiência artística e das experimentações de um corpo negro que dança.